STUDIO 33 EM FOCO: março 2021

Papo com o Artista - "Um dedim de prosa" - Padre Adilson

Por Allef Heberton - Colunista do Studio 33 Em Foco

Em mais um ano atípico, onde os fiéis celebrarão de casa a semana Santa, trago Padre Adilson. Pároco da nossa cidade, homem trabalhador e um humano de coração enorme, que vem trazer sua visão de pandemia, e  uma mensagem de conforto para todos que enfrentaram esse vírus. Diante de todas as dores que passamos há mais de um ano, esperamos com fé e confiança que tudo isso passe e que a gente consiga voltar a fazer o que mais amamos.

Foto: Arquivo pessoal Padre Adilson

Boa noite, Padre Adilson. Há quantos anos você é pároco da nossa cidade e como foi a receptividade das pessoas para com o senhor?

Meus cumprimentos a você Allef e todos os que estão tendo acesso a essa matéria! Primeiramente agradeço pelo convite e a oportunidade de poder participar desse tão importante meio de divulgação da história e cultura de Itinga. Parabéns a todos os responsáveis pela iniciativa em difundir os acontecimentos históricos e culturais de nossa tão amada cidade.

Cheguei em Itinga em 19/03/2017. Dom Marcello Romano, o então bispo da Diocese de Araçuaí me designou para cá, com a função de administrador paroquial. Em 2018, foi então que recebi da Diocese a provisão de pároco. Com isso, estou como pároco desta paróquia há três anos e dois meses. Umas das características marcantes do povo mineiro é a hospitalidade. Digo com muita tranquilidade que fui muito bem recebido pela comunidade católica de Itinga.

 Itinga tem um povo muito acolhedor. Aproveito deste momento para agradecer a todos os itinguenses pela hospitalidade, acolhida e cuidado manifestado para comigo.

Foto: Arquivo pessoal Padre Adilson

O senhor no meio da sua trajetória paroquial, se deparou com uma pandemia que fez tudo no mundo mudar. Entramos no segundo ano de covid e a igreja precisou se adaptar as novas normas. Como foi esse processo?

Sou padre há cinco anos e esta é a minha primeira experiência com pároco. Portanto, não passei por pandemia alguma a não ser essa de 2020. Ela está nos obrigando a mudar muitos hábitos no nosso estilo de vida. Exigindo de cada um de nós adaptações às novas maneiras de viver e conviver. Todos os setores da sociedade foram obrigados a sujeitarem-se as imposições da pandemia. De modo especial ao isolamento social para frear um pouco a disseminação do vírus. Com a igreja não foi diferente. Tivemos que Fechá-la, para evitar a circulação de pessoas e consequentemente do vírus. Diante disso nossas celebrações ocorreram de forma restrita, somente com a presença da equipe de celebração.  Confesso que foi uma experiência muito difícil ver a Igreja vazia. Para não deixar o povo abandonado tivemos que nos valer dos meios de comunicação sociais para transições de nossos momentos de orações. Porém, não tínhamos e ainda não temos os aparelhos adequados para realização de tão tarefa. A começar pela internet que era de poucos megas, o que tínhamos era somente para as atividades normais da paróquia. Com esforço e dedicação dos garotos: Felipe, Ítalo começamos nossas transições. Hoje já conseguimos realizar tal tarefa de forma mais eficaz. Com alguns investimentos e dedicação de Mateus e Paulo a pastoral da comunicação foi ganhando forma (Pascom). As transições ganharam uma melhor qualidade. No início, transmitíamos somente por meio de celular. Hoje já se usa um programa UBS no notebook, O que facilita muito os trabalhos. Ainda temos muito que investir, falta muitos recursos. Praticamente todos os aparelhos utilizados para a transmissões são emprestados. Temos muito ainda o que investir. Estamos pensando em fazer uma promoção, para angariar recursos para aquisição de aparelhos adequados que facilite os trabalhos.

Falando em pandemia, iniciamos as celebrações da Semana Santa em nossa cidade em um ano atípico. O que a igreja está fazendo para suprir a falta de missas e da celebração da Paixão com a presença das pessoas nessa semana?

Para manter o vínculo da fé, estamos incentivando e orientando as famílias a transformarem suas casas em pequenas igrejas domésticas. Estávamos perdendo o costume de rezar em família. A pandemia está nos ajudando a retomar a essa prática tão fundamental na vida das nossas famílias.  A cada celebração do mistério pascal de Cristo, pedimos às famílias de nossa paróquia  que preparem suas casas com os símbolos que caracterizam aquela celebração específica e que rezem conosco nos acompanhando  através dos meios de comunicação.

 Muita gente usa Deus para falar sobre a pandemia. Usam frases como "castigo", falam sobre profecias e até sobre um desfile de escola de samba para encontrar uma justificativa. O que o senhor acha de tudo isso?

A pandemia do novo coronavirus não é a primeira a surgir no mundo. Ao analisarmos a história, percebemos que já existiram outras pandemias na história da humanidade e que, ceifaram muitas vidas.  Por exemplo, no século 14, houve a peste negra na Europa que matou mais de 200 milhões de pessoas. Isto não atingiu o mundo todo porque a globalização estava no seu início. Diante disso, não posso afirmar que a covid 19, seja um castigo de Deus, até porque, se isso fosse verdade, eliminaríamos de Deus a sua dimensão misericordiosa para com os seus filhos e filhas. Agora, acredito que tudo que acontece na história tem um por quê. Particularmente penso que, a covid 19, vem para nos ensinar a sermos mais humanos. Estávamos nos esquecendo disso. A covid 19 colocou todos no mesmo patamar, nos mostrou que não tem ninguém melhor do o outro.  Diante desta pandemia, o “deus dinheiro” não pode salvar como muitos enganosamente pensavam que poderiam acontecer.

O senhor como Padre tem a sua proximidade com Deus de forma íntima, e leva todo conforto para seus fiéis. Qual A sensação de ter que chegar até a essas pessoas em tempos como esse?

O exercício do ministério presbiteral nestes tempos de pandemia ficou deficiente. Confesso que me senti impotente. O povo precisando de nossa presença espiritual, sobretudo na partida dos seus entes queridos e isso era impossível de realizar, mas essa realidade fez com que a gente rezasse de forma mais intensa por essas pessoas. Procurei me manter ligado a eles através da oração e por meios de mensagem de texto via whatsapp e ligações. 

Foto: Arquivo pessoal Padre Adilson

Olhando para frente, o que podemos tirar de aprendizado de tudo que estamos passando?

Penso que esta pandemia nem tudo é espinho, ela tem sua dimensão pedagógica.  Ela nos ensina uma lição valiosa sobre a empatia o cuidado. A empatia foi expandida para além dos nossos ambientes familiares e amigos.  Exigiu de nós o cuidado até mesmo de quem a gente menos conhecia. E foi assim que no Brasil e no mundo, a solidariedade se tornou uma das principais  armas contra a pandemia.

Muitas empresas reorganizaram suas atividades para ajudar na produção de máscaras e álcool em gel. A onda solidária chegou até mesmo em gestos simples como fazer as compras para os vizinhos mais velhinhos, para que eles não precisem se expor ao risco de contágio.

 O Coronavírus nos mostrou que a saúde humana depende em muito de um meio ambiente saudável. É notável que, a redução das atividades durante a quarentena fez com que as águas ficassem mais cristalinas e a qualidade do ar melhorasse. A natureza nos mostrou que do jeito que estávamos vivemos não dá pra continuar. É hora da humanidade abraçar a missão urgente de cuidar do nosso planeta e, assim, cuidar de nós mesmos. Um relatório da ONU apontou que cerca de 70% das doenças que surgiram desde os anos 1940 tiveram origem animal, assim como o novo coronavírus. E o motivo disso foi a degradação do meio ambiente causada pela derrubada desenfreada de florestas, produção agrícola  e comércio de animais silvestres.

Talvez a lição mais importante que podemos tirar de tudo isso, é que não podemos mais tratar a saúde humana, animal e ambiental de maneira isolada. Afinal, fazemos parte de um todo chamado Terra. O que Leonardo Boff denomina de “aldeia comum”. Casa comum.

Nesse momento, mais do que refletir, temos que agir! A pandemia causada pelo coronavírus já nos ensinou que cada escolha individual faz toda a diferença para a sociedade e também para o planeta. Ao transformarmos velhos hábitos, podemos nos tornar cidadãos mais conscientes para cobrar medidas mais firmes de responsabilidade ambiental, tanto dos governantes, quanto das empresas. Afinal de contas, o que está em jogo é o próprio futuro da humanidade, não somente um futuro de alguns.

Como sociedade, a lição que fica é a de que precisamos de um olhar mais humano e ouvidos mais atentos. Dessa forma, conseguiremos ouvir as vozes de cientistas, enfermeiras, catadoras, caixas de supermercado e tantas outras profissionais que, mesmo com medo, continuaram trabalhando para garantir o bem-estar coletivo.

Como será o mundo depois que tudo isso passar?  Certamente não seremos mais os mesmos. E isso pode ser ótimo. Não precisamos voltar àquilo que era considerado “normal”.  Até mesmo porque o planeta já nos mostrou que do jeito que estava não dá mais pra continuar.

Neste cenário, as mudanças que estamos passando podem trazer inspiração para estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis. Afinal, já estamos vivendo os benefícios de escolhas mais conscientes durante a quarentena.

Diante de tudo isso, é urgente que busquemos um novo “normal”. Com alternativas econômicas mais sustentáveis pautadas na colaboração, solidariedade e respeito à nossa casa comum, chamada de planeta para o surgimento de outro mundo possível. Procure conhecer a obra “O Bem Viver” de Alberto Acosta e a “A economia Donut” de Raworth.

Foto: Arquivo pessoal Padre Adilson
Pode deixar uma mensagem de conforto para as pessoas que perderam seus entes queridos para essa doença?

Transmito a essas pessoas que tiveram parentes ceifados pela covid 19 uma mensagem de esperança de que Deus é o remédio que cura todas as feridas. Não pensem que isto seja um castigo de Deus. Deus jamais usa de maldade para com os filhos. Se fizesse isto negaria a si mesmo, pois Ele é amor. Neste deserto que estamos passando, onde encontramos inúmeros sofrimentos, somos convidados a buscar o nosso Deus, o seu auxílio a sua ajuda, pois Ele caminha conosco. Tente olhar o sofrimento por maior que seja com o olhar de Jesus.  Um olhar de confiança no Pai. Por isso, apesar da cruz pesada, não deixem de acreditar em Deus. Foi isso que Jesus fez diante do maior sofrimento, o de ser morto confiando no Pai.

Ponte sobre o Rio Jequitinhonha em Itinga, completa dezessete anos

           Por Fernando Rodrigues - Colunista do Studio 33 Em Foco

         A ponte sobre o Rio Jequitinhonha, na cidade de Itinga sempre foi um sonho antigo de todos os seus moradores. Cada munícipe traz consigo uma lembrança ou memória de fatos que ocorreram anteriormente a sua construção. Relatos felizes e tristes de pessoas que precisaram muito fazer a travessia nas “saudosas canoas” ou balsas. Foram muitos canoeiros e balseiros que por muitas vezes atravessaram pessoas em situações diversas. Não obstante, o “tempo das canoas” trazem consigo lembranças boas, mas também de situações difíceis. Na época das chuvas, o nível de água do rio subia e isso implicava muito para aqueles que tinham a grande necessidade de chegar a outra margem.  

Foto: Bruno Lages

        E no intuito de realizar este desejo da população Itinguense, no ano de 2003, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), visitou a cidade após onze dias da tomada de posse como Presidente do Brasil. Neste dia, estavam com ele os seus ministros, bem como toda a equipe de governo. Na ocasião, ele anunciou que Itinga seria presenteada com a construção da ponte e que brevemente voltaria para inaugurá-la. Vale ressaltar, que o presidente Lula já conhecia a cidade de Itinga, e por três vezes a visitou como candidato antes desse episódio.

Foto: José Nelson Pêgo

            No dia 26 de Março de 2004, conforme prometido o presidente com toda a sua comitiva retorna a cidade para entregar ao povo Itinguense a obra concluída. Foi um fato marcante na história desse povo que com grande alegria fizeram-se presentes neste evento tão importante. A ponte conta com 312 metros de comprimento e pesa 330 toneladas. A promessa do presidente era antiga, especificamente desde o ano de 1993. Após a intervenção política e apresentar a grande necessidade do povo itinguense a Mineradora Vale do rio Doce, esta por sua vez bancou todo o custeio da obra da ponte na cidade. O processo se deu por meio de doação do valor da obra entre a mineradora e a prefeitura. Além disso, uma outra empresa colaborou ainda com seis mil sacos de cimento para alavancar a construção deste tão almejado sonho.  

Foto: José Nelson Pêgo
            

        Na ocasião da inauguração, o presidente foi recebido com faixas de manifestação de carinho pelo povo Itinguense que agradecido externalizava a gratidão por atitude tão nobre. Lula estava acompanhado de ministros, secretários, assessores e o governador do estado, Aécio Neves.

Foto: José Nelson

            Hoje, com muita alegria faz-se a memória e celebra-se 17 anos de marco histórico na vida do povo de Itinga. Cabe aqui destacar que foram muitos os avanços após a construção da ponte. Economicamente o município alavancou e possibilitou ainda a extração de granitos gerando mais recursos para a cidade. Consequentemente o PIB e o IDH da cidade também aumentaram, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Sabe-se que há muito o que desenvolver, mas fazer memória a este grande feito é compreender que Itinga tem caminhado cada dia mais rumo ao progresso, após esta grande obra.

Ilustração de Luiz Araújo, que ganhou primeiro lugar no concurso de desenho Itinga 74 anos, no ano de 2017


Portanto, é necessário a reflexão que ultrapassa o desenvolvimento e permeia as relações humanas e sociais. A ponte trouxe esperança, alívio, certeza de que muitas histórias tristes vivenciadas não iriam se repetir. A ponte trouxe consigo também uma grande lição e representação daquilo que se deve construir por toda a vida: ser ponte na vida de outras pessoas. Hoje é um importante símbolo e um dos principais cartões postais da cidade, assim como o monumento do primeiro Canoeiro (Tio Nilo) e a sua esposa, na Praça Humaitá. Era grande necessidade de ter uma ponte, mas após a sua construção, entende-se que ela passa a exigir mais de seus moradores, impelindo um importante papel da vida como um todo. É necessário ser ponte nas relações, na família, nas amizades, nos bairros, nas comunidades e em todas as situações da vida. Ela é um dos símbolos mais expressivos para a cidade, sobretudo no que tange o seu papel formativo. Isso implica que se precisa cultivar mais a união e concretização de valores, ideias e propostas que unam as pessoas. É uma necessidade! É preciso que construa pontes, e que as pessoas “sejam pontes” todos os dias. A vida quer isso de cada um dos seres humanos. A vida sempre pede mais.

REFERÊNCIAS:

SHALDERS, André. Lula volta à primeira região que visitou como presidente, onde agora disputa preferência com Bolsonaro. BBC News I Brasil. São Paulo, 25 out. 2017. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-41747089> Acesso em: 26/03/2021

Papo com o Artista - "Um dedim de prosa" - Felipe Gusmão

  Por Allef Heberton - Colunista do Studio 33 Em Foco

Bom dia, boa tarde, boa noite ou boa madrugada, tudo depende do horário que você estiver lendo essa matéria.

No dedim de prosa com o artista dessa semana, trago uma entrevista com Felipe Gusmão, que tem 22 anos e é técnico em enfermagem. Nos últimos anos ele se fez presente na cultura de Itinga. Participou de filme, teatro, lives e shows.

Nos últimos anos a gente viu uma presença constante sua na cultura de Itinga. Como é participar dos projetos artísticos da cidade?

Eu não sabia que iria me identificar tanto com esse meu lado artístico, agora vi que gosto muito e é muito bom fazer parte da cultura da nossa cidade. Quem sabe um dia representar Itinga por ai.

Você desde sempre foi muito ligado a música, hoje faz parte dos teatros e até fez um filme. O que é mais fácil, tocar em um carnaval ou apresentar um espetáculo para milhares de pessoas na sexta-feira da paixão?

É sempre muito difícil apresentar para pessoas. Acho que até os grandes artistas sentem aquele frio na barriga quando sobem em um palco e olham aquela multidão. A expectativa deles para com o nosso trabalho é grande. Os dois tem seu peso, não consigo diferenciar.



Você trabalha como técnico em enfermagem e nas horas vagas se joga na cultura. Isso te ajuda a fugir um pouco dessa realidade que vivemos hoje?

Ajuda e muito! O setor onde trabalho mexe muito com psicológico, e deixa a gente muito cansado. Vendo tudo isso que está acontecendo no nosso país até mesmo na nossa cidade, o mundo artístico me ajuda a relaxar e esquecer um pouco,  porque vivo preso em um lugar onde vejo pessoas sofrendo, então preciso me alegrar, dar uma fugida desse caso. A cultura faz isso!

Se você pudesse escolher um momento vivido no mundo artístico, qual seria?

Primeira vez na paixão de Cristo em 2018! Mais de 700 pessoas na Praça. Momento incrível!

Paixão de Cristo. Como estamos em tempos de pandemia, resolvemos gravar um filme. Infelizmente tivemos que pausar os ensaios e a gravação por um tempo. Como está sua expectativa para as retomadas do processo e a estreia do filme?

A expectativa é muito grande, já estou ansioso para gravar e depois assistir milhares de vezes como foi a estrela de Belém (risos). A gente queria muito entregar o filme na data certa para todos, mas estamos passando por um momento delicado e a prevenção é o melhor remédio. Vamos aguardar mais um pouco, mas em breve faremos o lançamento oficial.


Veja um pouco do trabalho do Felipe Gusmão como Percussionista no CarnaItinga:



Os limites entre estética e saúde


Por Adriana Machado - Colunista do Studio 33 Em Foco

Hoje em dia, com a aparência estética sendo cada vez mais valorizada, principalmente em redes sociais, as pessoas têm buscado cada vez mais melhorar sua aparência física facial e corporal. E isso não é ruim, pelo contrário: melhora a auto estima, faz se sentir mais confiante em qualquer área da vida. Mas temos observado ao mesmo tempo uma busca exagerada pelo corpo e rosto perfeito (um padrão quase que inalcançável de beleza).



 A estética nunca deve estar acima da nossa saúde, é preciso reforçar isso!O profissional precisa alinhar com o cliente os benefícios do tratamento, o que ele espera, e o resultado que pode ser alcançado com segurança e sem colocar a saúde do paciente em risco. Uma anamnese bem feita, qualificação do profissional, juntamente com confiança e colaboração do paciente, conseguimos alinhar estética, saúde e bem estar com a segurança que você precisa!

Itinga registra 8° óbito por COVID-19

Feliciana - A Santa do Povo

Por Allef Heberton - Colunista do Studio 33 Em Foco

 Oioi, Gente! 

Vocês já ouviram falar da história da escrava Feliciana? Se sim, nada melhor que relembrar. E se não, chegou o momento de conhecer um pouco da história que há anos,  intriga,  faz refletir, rezar e comemorar a sua alma na nossa cidade.

Ela nascera numa senzala na comunidade de Pasmado Empedrado no município de Itinga-MG na primeira metade do século XIX. Entre seus 17 a 20 anos de idade, se tornou uma bela mulher, que atraia olhares dos senhores fazendeiros daquelas redondezas. Possuía muita bondade, fraternidade e caridade, despertando no seu senhor de engenho: desejo e admiração. Porém, a esposa Joaquina, senhora cruel, sentido-se ameaçada, tratou de eliminar da forma mais impiedosa qualquer vestígio de insegurança para seu matrimônio. Certo dia, a Senhora Joaquina, ordenou que a escrava Feliciana fosse apanhar lenha e acendesse o forno para assar uns biscoitos, obediente, cumpriu a determinação. Horas depois, quando o forno já estava quente como "fogo do inferno", a senhora mandou os escravos pegarem Feliciana, chicoteá-la até seu sangue rolar pelo chão. Em seguida, levou o corpo para o forno quente e trancou-lhe!

Fotos: Facebook da associação quilombola social e cultural Escrava Feliciana

 Os escravos com os corações dilacerados pela dor e crueldade, nada podiam fazer para impedir, pois a senhora ficara vigiando cada golpe deferido. Até o momento de deposita-la naquele forno, só se retirou quando terminou sua vingança de mulher enciumada, saiu dando gargalhadas de prazer pelo mal cometido a jovem Feliciana.

A desolação tomou conta da senzala, a angústia no coração daqueles negros - escravos, foi desesperadora, porém, um dos escravos não aguentando mais, se dirigiu ao forno e sem que ninguém percebesse, abriu a porta do mesmo. Feliciana saiu em disparada, embreou-se pelo mato adentro, soltando gritos amedrontados a todos que ali se encontravam, inclusive na casa grande.

Passou-se três dias e ninguém tinha notícias da escrava, mas um vaqueiro procurando seu bezerro que havia desgarrado do rebanho, ouviu uma melodia encantadora vinda de longe. Um cheiro agradável e puro lhe chegava pelo vento, atraído pela fragrância desconhecida, foi acompanhando o aroma e o som melodioso até se deparar com uma lagoa, aproximou-se e viu sobre as águas o corpo da Escrava. O vaqueiro foi pedir ajuda para três escravos para retirarem o corpo da água, ao chegarem depararam com borboletas e pássaros que  entoavam  seus cantos sem parar ao redor do seu corpo.

Túmulo verdadeiro da escrava - Foto: Foto: Gilvan Gonçalves/Documentário

Os quatro homens tiraram o corpo de dentro da água e o enterraram a uns duzentos metros da lagoa. Junto ao túmulo, plantaram árvores, e enfiaram uma estaca de madeira para marcar o local, o que facilitaria quando parentes e amigos pudessem visitar o túmulo.

Túmulo doado por um médica, após milagre alcançado - Foto: Foto: Gilvan Gonçalves/Documentário

Algum tempo se passou e nas folhas da árvore plantada perto do túmulo, começou a aparecer inscrições que os escravos não entendiam. Eles arrancavam folhas e mostravam aos Freis Capuchinhos missionários, que passavam constantemente, estes guardavam e os recriminavam ordenando que esquecessem aquele lugar, mas os escravos sabiam que havia algo de especial naquelas folhas e começaram a usá-las no preparo de chás, cicatrizantes de feridas e curar doenças de quase todos os males. Todas as bençãos que se pedia a alma da Friciana, realizava-se. As bençãos alcançadas através de Feliciana foram aumentando ano, após ano, suas histórias e suas curas atravessaram décadas até os dias atuais, sempre relatada a injustiça cometida com a jovem negra.

Existem vários relatos de graças alcançadas, os romeiros vão periodicamente visitar seu túmulo para pagar promessa. Neste local foi erguido uma capela para aquela que o povo considera como Santa, mesmo a igreja não reconhecendo há celebrações e cultos em sua devoção!

Texto e pesquisa: Jô Pinto

 

Que história pesada e cheia de fé, não é mesmo?

O túmulo da Feliciana é visitado todos os anos pelos romeiros e por pessoas que saem para pagar promessa. A Igreja católica não reconhece Feliciana como santa, mas isso nunca foi empecilho para que os párocos celebrassem a sua alma junto ao povo que têm a sua fé!

 Gostaram? Contarei mais histórias, estórias e lendas aqui no meu cantim.

Abraços!

Esgotam as vagas de UTI COVID-19 em ITAOBIM-MG


Médica do hospital acaba de publicar em sua rede social que a última vaga da UTI COVID foi preenchida.


"A última vaga de UTI COVID de Itaobim hoje, acabou de ser preenchida! Zero vaga. Quem puder, sossega em casa."

- Marijane de Freitas Lopes


Fonte: Facebook/ Marijane de Freitas Lopes

O novo atrativo de Itinga - Sítio Gemelar Aves Ornamentais

 Criatório de Aves exóticas e ornamentais no Sítio Gemelar.

Por Fernando Rodrigues - Colunista do Studio 33 Em Foco

O empreendedorismo é um caminho que apresenta muitas possibilidades para quem inicia um negócio. Cada dia mais as pessoas tem buscado empreender nos diferentes ramos que o mercado oferece, e Itinga não fica de fora. Nos últimos meses, o empresário Aníbal Castro iniciou um empreendimento com aves exóticas e ornamentais. Gradativamente ele vem adquirindo novas e diversificadas aves que tem atraído a atenção de diversas pessoas da cidade e da região, sobretudo as crianças que ficam encantadas com a diversidade.

Foto: DJ Marcelo

Atualmente o Sítio conta com uma grande variedade de aves: avestruzes, pavões variados, codorninhas chinesas, faisões, cisnes, patos variados, pombos burgueses, galinhas d’angola, Emús, variadas raças de galinhas, entre outras espécies. A beleza de cada ave é algo muito singular e próprio de cada uma. O empresário Aníbal vem a cada dia buscando conforto e segurança para as aves. O seu projeto está em fase inicial, mas aos poucos ele vem construindo novas instalações para o acolhimento das novas espécies que vão chegando e que são adquiridas ao longo do tempo. No mês de Janeiro estão sendo construídas novas baias (abrigo das aves) para uma melhor a acomodação e qualidade de vida das aves do criatório. Vale ressaltar que todas as aves são legalizadas e compradas dentro dos trâmites da lei.

Foto: DJ Marcelo

Semanalmente o Sítio recebe diversas visitas. Dentre os públicos da visitação, encontram-se pessoas que vão pela curiosidade de conhecer as aves, compradores de aves e profissionais específicos da área que querem entender o empreendimento. O Sítio tem se tornado um ponto turístico para a toda população Itinguense. Vale lembrar aqui que as crianças ficam encantadas com o santuário das aves. Muitas delas nem querem ir embora, chorando bastante para continuarem ali no sítio. Para a pequena cidade de Itinga, o local tem se tornado um ponto de lazer, diversão e programa para o final de semana.

Foto: Evandro Barbosa

O Sítio localiza a menos de 2 quilômetros da sede da cidade, sentido a comunidade do Jenipapo. Um local muito agradável e diversificado para conhecer. Atualmente as visitas acontecem por meio de agendamentos prévios. Para visitar é necessário entrar em contato antecipadamente com o proprietário que agendará o dia e a hora para que você e sua família aproveitem de um programa muito especial. Além do mais, o Sítio pode ser acompanhado através das redes sociais:

Instagram: sitiogemelaravesornamentais/

Facebook: SítioGemelar – Aves ornamentais

E-mail: sitiogemelaravesornamentais@gmail.com 

Nas redes sociais são atualizadas diariamente notícias, novidades e curiosidades de tudo o que acontece em nosso sítio.

Foto: Evandro Barbosa

Palavras do proprietário Aníbal Castro:

“Grande parte da minha vida morei na zona rural de Itinga/MG e aprendi com os meus pais a ter um respeito e zelo muito grande pela natureza e toda a sua riqueza. E por ser criado com esses princípios e valores, sempre tive o desejo de ter um lugar com essa diversidade de aves, bichos e plantações. Foi aí que surgiu o Sítio Gemelar. Posteriormente, vieram as aves que estão sendo a atração na nossa cidade. Aos poucos esse projeto vem se concretizando e a nossa ideia é expandir. É uma atividade trabalhosa, uma vez que requer cuidados veterinários, alimentação específica para cada ave, no entanto é muito gratificante. Com muito respeito, dedicação e zelo buscamos cada dia segurança, conforto e os cuidados necessários para cada ave. É uma missão que assumimos com grande responsabilidade e tudo dentro da legalidade. Um sonho que vem se tornando realidade e que venho compartilhando com os meus conterrâneos e com  toda a região.”

Aníbal Castro



Papo com o Artista - "Um dedim de prosa" - Carol Alves

 Por Allef Heberton - Colunista do Studio 33 Em Foco

No papo com o artista de hoje, entrevistei Carol Alves, que desde 2018 se mergulhou de cabeça na cultura Itinguense

Aos 19 anos e com 3 meses de diferença, ela se prepara para lançar seu segundo filme

Como foi seu primeiro contato com a cultura de Itinga?

Desde pequena sempre gostei de coisas artesanais, idéias criativas, e eventos do tipo. O meu primeiro contato surgiu com o teatro, adorava assistir e sonhava em fazer parte daquele grupo, até que fui convidada a fazer parte do Estrela de Belém, e de lá pra cá, não parei mais. 

Nos últimos anos você desenvolveu um papel importante no teatro, como cantora e atriz. Como foi esse processo no início com todas as dificuldades e hoje?

Foi a junção das coisas que eu amo fazer, visto como uma grande responsabilidade, afinal eram dois papéis, me esforcei bastante pra chegar onde precisávamos, e graças ao bom Deus, foi um sucesso. 

Tem algum artista de Itinga que te inspira?

Sim. Estaria mentindo se dissesse que é apenas um em específico. Acredito muito no talento das pessoas daqui, tem grandes potenciais, e quando vejo as pessoas mergulhando no ramo artístico, desde os mais experientes, aos novatos, se esforçando, se dedicando para tal, isso me motiva a caminhar junto com eles. 

Carol Alves, Weslley Barcelos, Jaine Rocha e Maira Gomes cantando noite azul, trilha sonora do filme Estrela de Belém

Quais são suas expectativas para o novo filme que está pra ser lançado " A Paixão de Cristo"?

A paixão de Cristo foi o início de uma grandeza pra cultura da nossa cidade. Reuníamos centenas de pessoas para prestigiar e assistir. Agora com o filme, devido as circunstâncias, acredito que será tão especial como sempre foi. Estou com as melhores expectativas possíveis. Temos um elenco de ótimos atores, diretor, música e produção espetacular. Não tenho dúvidas que ficará guardado na memória de muitos. 


Como você vê o futuro do teatro em Itinga com essa adaptação às redes sociais e tecnologia?

Se me pedisse para definir em uma palavra, eu diria brilhante. Ainda temos muito para evoluir e avançar, e com a adaptação às mídias sociais podemos chegar a muitos lugares e pessoas. Levando o nosso teatro para dentro das casas e coração dos que assistirem. Trazendo assim crescimento e reconhecimento pra cultura da nossa cidade.


Estética é luxo ou autoestima?


Manter a autoestima elevada é uma tarefa que envolve várias áreas da vida de uma pessoa. E se sentir bonito certamente é um dos principais caminhos para alcançar essa meta. Porém, no sentido contrário estão o estresse, a pressão no trabalho, a falta de tempo para as atividades diárias, a sensação de não dar conta de tudo. Situações como essas estão relacionadas ao envelhecimento, à perda da beleza e, consequentemente, à diminuição da autoestima.

O mercado oferece inúmeras alternativas que ajudam a tratar algo que incomoda fisicamente. Mas até que ponto a beleza pode influenciar na autoestima? Quais os limites para se conquistar o bem-estar sem exagerar em procedimentos ou perder a personalidade?
A busca pela beleza faz, sobretudo, com que as pessoas melhorem sua autoestima e as tornam mais  sociáveis.
Os procedimentos estéticos podem interferir na personalidade e melhorar até o desempenho social e profissional. Para se sentir bonito e favorecer a autoestima, a pessoa não precisa se tornar escrava da beleza, pois a beleza é muito relativa. Não devemos ser prisioneiros de estereótipos impostos pela sociedade para se sentir bonito. O sentir-se bem é o suficiente.

IFNMG reabriu até o dia 09/03 o prazo de inscrições do Processo Seletivo de cursos técnicos

O IFNMG reabriu até o dia 09/03 o prazo de inscrições do Processo Seletivo de cursos técnicos, inicialmente previsto para terminar no último domingo, 28/02. A alteração do cronograma aconteceu na tarde dessa segunda-feira, 01/03, com a publicação dos editais de retificação. 

Os demais itens retificados dizem respeito às condições de indeferimento da inscrição, ou seja, ao que torna inválida a inscrição. O(a) candidato(a) continua a ser responsável pelo preenchimento do formulário de inscrição, no entanto, agora, ele(a) poderá recorrer caso sua inscrição não seja aceita devido a inconsistências do documento de comprovação de suas notas (histórico ou declaração) e a divergências entre as notas contidas nesse documento e as notas lançadas no formulário de inscrição. Nesses casos, o recurso deverá ser apresentado após a divulgação da lista preliminar de inscritos(as) – nos dias 16 e 17/03.
Cartaz divulgação: IFNMG
Quem precisar fazer outra inscrição, para corrigir erros nos dados informados,deverá enviar e-mail para a Fundação CEFETMINAS (concursopublico@fundacaocefetminas.org.br),informando nome completo, CPF e solicitando a exclusão da inscrição, para que o sistema seja liberado para realização de nova inscrição, até o final do prazo (09/03).

Mais informações: http://bit.ly/3kAO5re


(FONTE: IFNMG - PUBLICAÇÃO VIA FACEBOOK)

Papo com o Artista - "Um dedim de prosa" - Weslley Barcelos

Por Allef Heberton - Colunista do Studio 33 Em Foco

Oi oi, gente.

O nosso papo com o artista, traz para vocês um novo quadro: "Um dedim de prosa!"

E estreando esse bate papo rico em cultura, trago para vocês um pouco da carreira artística do queridíssimo Weslley Barcelos, que é Engenheiro, Professor Ator, Cantor, Poeta, Palhaço, desenhista e Ventríloco (esse último eu inventei)


Qual foi seu primeiro contato com a cultura?

O carnaval de praia e de rua de Itinga que me lembro desde bem pequeno, os blocos disputando as melhores fantasias, os mascarados que me assustavam e as barraquinhas na praia a tarde.

Você como poeta e compositor, tem alguma fonte de inspiração?

Geralmente me inspiro nas minhas próprias vivências e nos sentimentos que tenho em mim. Mas as vezes uso da licença poética e tento imaginar como seria o meu sentimento passando por aquela situação que descrevo.

Em breve você terá uma experiência nova na sua vida artística, com o personagem "Jesus" no filme Paixão de Cristo. Qual a expectativa pro filme e pro seu personagem?

Eu estou muito ansioso e apreensivo. Nesses 17 anos de GRUTI com certeza é o personagem mais difícil que vou interpretar, o mais desafiador e que traz consigo a maior responsabilidade. Mas vai ser muito lindo com certeza porque estou fazendo com muito carinho, dedicação e respeito.

Falando em GRUTI, nos últimos  anos o teatro deu uma mudada na sua fórmula. O último espetáculo é algo que vai na contramão de tudo que foi apresentado desde sua criação. Você acredita que o "Pacto- o homem que vendeu a alma para o diabo" pode ser o divisor de águas na história do seu grupo?

O GRUTI sempre foi um grupo que tendia a espetáculos mais voltados a comédia. Essa mudança que "O Pacto" trouxe pro Drama e suspense foi muito desafiadora, mas quem não gosta de desafios? Espero que no pós pandemia possamos levar essa obra maravilhosa pro Brasil, um espetáculo baseado na história de uma peça de barro do Mestre Ulisses Mendes.

Estreia do espetáculo "O pacto  - O homem que vendeu a alma para o diabo"

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Weslley Barcelos para expandir sua arte, posta suas poesias e músicas em seu Instagram @weslleypoemas

Obrigado por chegarem até aqui. Na semana que vem tem mais! Conseguem adivinhar  quem vai bater um papo com o artista?